"Quem se exalta será rebaixado e quem se rebaixa será exaltado" - A Vaidade
Temos aprendido sobre a importância do amor a nos mesmos, ao outro
e a Deus.
Temos utilizado a fé como recurso de auto- superação. Exercitado esses ensinos através da caridade, da solidariedade e da compaixão, mas ainda estamos distantes da genuína comunhão com os interesses divinos, ou os desígnios de Deus nosso PAI.
Temos utilizado a fé como recurso de auto- superação. Exercitado esses ensinos através da caridade, da solidariedade e da compaixão, mas ainda estamos distantes da genuína comunhão com os interesses divinos, ou os desígnios de Deus nosso PAI.
Trazemos em nós uma cortina espessa; a cortina do “eu”
que representa nosso ego, ou como diz o Evangelho o orgulho a vaidade.
Essa cortina espessa cobre a luz que vem do alto, E não nos permite
ver com lucidez a realidade.
No cotidiano, as cortinas servem para diminuir a luz
ambiente, deixando-o na penumbra, mas se forem espessas demais, nos
impedem de enxergar .
Assim é a cortina
do eu, por trás delas
conservamos cegueira espiritual.
A cegueira espiritual nos impede de ver além de nós mesmos,
somente registramos nossas necessidades básicas, interesses, sendo promotores
de nós mesmos e da “nossa verdade”.
O “meu querer”, “o meu viver” , o “ meu parecer” .
Há uma diferença entre orgulho e vaidade.
ORGULHO: - é a consciência certa ou errada de nossos méritos.
VAIDADE: - é a evidencia de nossos méritos certo ou errado
para os outros
“Orgulho é a opinião que temos de nós
mesmos”.
“ Vaidade é o que desejaríamos que os
outros pensassem de nós”
Um homem pode ser orgulhoso sem ser vaidoso.
Orgulhoso de sua honradez, de seu trabalho, pois tal é a natureza
humana. Mas a questão da vaidade nos parece situação incoerente, pois como pode
uma pessoa evidenciar seus méritos a outros se não tem consciência do que
seja méritos próprios.
Isso parece irracional, mas como o homem vive as
exterioridades para ele parece racional e normal.
Lembremo-nos da lenda de Narciso, e do quanto era apaixonado por
si mesmo, e da sua beleza.
A vaidade faz parte dos sete pecados capitais,
pois são atitudes humanas contrárias às leis divinas.
Nossa sociedade esta repleta de narcisistas basta olhar os reality
show, as redes sociais. A sociedade de consumo incentiva a VAIDADE,
incentivando o TER.
Algumas pessoas mais conscientes a assumem, outras a negam.
O homem é o único animal vaidoso que tem consciência disso.
O pavão ( simbolo da vaidade ) embora pareça ser exibicionista é
inconsciente pois é uma ave.
No idioma hebraico, língua original dos textos do Antigo Testamento,
vaidade é traduzido por "hãvel", que significa vazio, vapor. Partindo
para o termo em latim "vanitas", "vanitatis" - o
significado é o mesmo, vacuidade (o que é próprio do vácuo), ou seja: VAZIO
ABSOLUTO!
Parece que vivemos
em uma busca constante para preencher um vazio existencial em nossa alma.
Independente de termos ou não uma vida religiosa, demonstramos constante
insatisfação com o que temos o que somos e o que desejamos nunca nos satisfaz
de fato. A cada objetivo alcançado na vida, o vazio volta a nos consumir como
uma “doença voraz”, “insaciável”.
Jesus nos fala sobre
esta questão o cap. VII do ESE quando num sábado foi convidado para comer na
casa de um fariseu.
Fariseu no tempo de Jesus era aquele que seguia de maneira
formalista a religião.
Ao tomar sua
refeição, já sentado à mesa, observava que as pessoas buscavam os melhores
lugares para estar em evidencia, ou sentar-se perto de alguém que estava em
evidencia. E Jesus propõe uma parábola. "Quando fores
convidado a alguma boda, não te assentes no primeiro lugar, porque pode ser que
esteja ali outra pessoa, mais autorizada que tu, convidada pelo dono da casa, e
que, vindo este, que te convidou a ti e a ele, te diga:
Dá o teu lugar a este; e tu,
envergonhado, irás ocupar o último lugar. Mas quando fores convidado, irás ou
vais tomar o último lugar, para que, quando vier o que te convidou, te diga:
Amigo, senta-te mais para cima. Servir-te-á isto, então, de glória, na presença
dos que estiverem, juntamente, sentados à mesa. “Porque todo o que se exalta
será humilhado, e todo o que se humilha será exaltado.” ( Mateus, XIV:1, 7-11)
Estas máximas são o principio da humildade e da simplicidade que
Jesus nos deixou.
E que o Espiritismo confirma a teoria pelo exemplo ao mostrar que
os grandes no mundo do espirito são os que foram pequenos na Terra, e que
frequentemente são bem pequenos no plano espiritual os que foram grandes
e poderosos na Terra.
A vaidade, o vicio
do prestigio, ou da evidencia pessoal, são paixões advindas do orgulho que
devem ser reeducadas, para que a pessoa não se perca em si mesmo.
Ao desencarnarmos
nos apresentamos como somos e não como gostaríamos de ser.
O que ira nos engrandecer é nosso comportamento de aceitação,
entendimento, colaboração. A lucidez
espiritual que possuímos, para auto superação.
Nascemos sem nada e não levaremos nada depois da morte. Se alguma
coisa vai permanecer, mesmo após a nossa morte, é o que seja eterno.
E o que é eterno, São Paulo nos diz: "por ora subsistem
(eternamente) a fé, a esperança e a caridade - as três. Porém, a maior delas é
a caridade" (I Coríntios 13, 13).
Em O Evangelho
Segundo o Espiritismo (cap. Il, item 8), de Allan Kardec, há uma comunicação do
Espírito de uma antiga rainha de França, que ao adentrar o mundo dos Espíritos,
após uma vida de fausto e de orgulho, viu, com imensa surpresa que os Espíritos
de muitas pessoas, que a ela haviam sido subordinadas na Terra e desempenhavam
posições subalternas, obscuras, eram muito superiores a ela e desfrutavam, no
mundo dos Espíritos, de uma situação superior. Em certo trecho da sua
comunicação, ela diz, textualmente: "Que humilhação, quando, em vez de ser
ali recebida como soberana, vi, acima de mim, porém, muito acima, homens que eu
julgava tão pequenos e os desprezava, por não serem nobres de sangue! Oh! Só,
então, compreendi a esterilidade das honras e das grandezas que, com tanta
avidez, se buscam na Terra!"
O sentimento de vaidade nos distancia da realidade de nós
mesmos, das pessoas, de Deus nosso Pai, transportando-nos para o domínio da
ilusão, ampliando mais e mais nossa frustração e desajuste de consciência.
Haverá sempre alguém melhor que nós mesmos, construindo,
idealizando e realizando coisas de uma melhor maneira.
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